A Infraestrutura de Dados Espaciais do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IDE-Sisema), em consonância com a Resolução Conjunta SEMAD/FEAM/IEF/IGAM nº 3.147/2022, tem como objetivo promover a adequada organização dos processos de geração, armazenamento, acesso, compartilhamento, disseminação e uso dos dados geoespaciais oriundos das atividades, programas e projetos ambientais e de recursos hídricos desenvolvidos pelo Sisema e/ou órgãos, entidades e instituições externas. Trata-se de um modelo de gestão corporativa e compartilhada dos dados, padrões e tecnologias geoespaciais de seus órgãos componentes, implementado por Comitê Gestor, composto por setores técnicos especializados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM), Instituto Estadual de Florestas (IEF) e Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM). A coordenação executiva é realizada pela Diretoria de Gestão Territorial Ambiental da SEMAD. (FONTE: IDE SISEMA)
Este livro, elaborado pelo Programa de Geologia e Geofísica Marinha (PGGM), aborda os aspectos geográficos das ciências marinhas, englobando aspectos geomorfológicos, oceanográficos, de gestão, de políticas públicas, econômicas e sociais no Brasil.
Capa do livro digital
Fonte: Geografia marinha [livro eletrônico] : oceanos e costas na perspectiva de geógrafos / organização Dieter Muehe , Flavia Moraes Lins-de-Barros , Lidriana de Souza Pinheiro. — 1. ed. — Rio de Janeiro : Caroline Fontelles Ternes, 2020. PDF
Um grave problema na faixa litorânea do Estado do Espírito Santo é a alta suscetibilidade à erosão costeira. O estado é no Brasil, talvez aquele que mais intervenções sofreu em sua linha de costa compreendendo obras de proteção e construção de portos (DOMINGUEZ, 2010). A ocupação urbana próxima às praias em áreas sujeitas à dinâmica das ondas, onde a movimentação marítima e as correntes de maré realizam o processo de remoção e reposição de areia, expõem a população e a infra-estrutura urbana aos riscos decorrentes da dinâmica costeira.
Os principais fenômenos relacionados a desastres naturais no Brasil são os deslizamentos de encostas e as inundações, que estão associados a eventos pluviométricos intensos e prolongados, repetindo-se a cada período chuvoso mais severo. Apesar das inundações serem os processos que produzem as maiores perdas econômicas e os impactos mais significativos na saúde pública, são os deslizamentos que geram o maior número de vítimas fatais. Este fato justifica a concepção e implantação de políticas públicas municipais específicas para a gestão de risco de deslizamentos em encostas (CARVALHO & GALVÃO, 2006).
Os deslizamentos em encostas e morros urbanos vêm ocorrendo com uma freqüência alarmante nestes últimos anos, devido ao crescimento desordenado das cidades, com a ocupação de novas áreas de risco, principalmente pela população mais carente
A Biblioteca Virtual disponibiliza, em formato digital, as primeiras coleções do Serviço Geológico do Brasil – CPRM. Também fazem parte deste conjunto a coleção de publicações da Agência Nacional de Mineração – ANM (antigo Departamento Nacional da Produção Mineral – DNPM), os anais de eventos e diversos outros documentos produzidos em parceria com a CPRM.
O sistema contempla documentação técnica e fotocartográfica, digitalizada e integrada em uma tecnologia de busca, a qual permite consultas gerais ou específicas em cada acervo. É fornecido acesso integral ao expressivo depositório de conhecimento geológico e hidrológico básico, assim como todos os relatórios técnicos de projetos executados pela CPRM nas décadas de 70, 80 e 90. Além do acesso compartilhado com todos os acervos da Rede Ametista. Para conhecer as funcionalidades do sistema disponibilizamos o Guia Explicativo. (Fonte: CPRM)
Revistas Técnicas
A biblioteca do Serviço Geológico do Brasil – CPRM torna disponível para acesso online duas revistas técnicas informativas: “A Água em Revista” e “A Terra em Revista“. As publicações são da Diretoria de Infraestrutura Geocientífica – DIG. (Fonte: CPRM)
O estado do Ceará ocupa um território de aproximadamente 146.000 km2 , dos quais cerca de 74% (108.000 km2) têm seu subsolo constituído de rochas ígneas e metamórficas, genericamente chamadas de cristalinas. Esse domínio geológico, de um modo geral, corresponde a toda a porção central do estado e é bordejado, em sua maior parte, por rochas sedimentares que formam as bacias do Araripe (sul), Parnaíba (oeste) e Apodi (leste), além dos sedimentos da faixa costeira (norte). A diversidade litológica e estrutural reflete-se no desenvolvimento das formas de relevo, na disponibilidade de recursos hídricos superficiais e subterrâneos, na potencialidade de recursos minerais, bem como na variedade de solos existente no território cearense.
O relevo do estado tem predominância muito significativa de terras situadas abaixo do nível de 200 metros, com prevalência de superfícies aplainadas a suavemente onduladas. Os compartimentos serranos (maciços residuais cristalinos e planaltos sedimentares) acima de 700 metros têm extensões restritas. No litoral, além dos campos de dunas modelados em sedimentos atuais, os depósitos mais antigos (sedimentos do Grupo Barreiras) são entalhados incipientemente pela drenagem superficial, isolando interflúvios tabulares que representam os tabuleiros costeiros (SOUZA, 2000).
Fonte: CPRM, 2014
O clima regional, apesar da evidente predominância do semiárido (cerca de 92% do território cearense), marcado por prolongados períodos de estiagem, apresenta variações. As áreas úmidas circunscrevem os topos e vertentes de barlavento dos maciços cristalinos e dos planaltos sedimentares. As áreas subúmidas, com totais pluviométricos pouco superiores a 900 mm anuais, abrangem o litoral e asseguram um teor de umidade que se prolonga por 6-7 meses durante o ano. A semiaridez propriamente dita, com déficits hídricos na maior parte do ano, apresenta um caráter mais acentuado nas depressões interiores, como nas regiões dos Inhamuns, de Irauçuba e do Médio-Jaguaribe, configuradas como núcleos de desertificação. Atenua-se nos pés-de- -serra, nos baixos maciços e nos sertões mais próximos do litoral. De modo genérico, as chuvas são de verão-outono INTRODUÇÃO e as médias térmicas superiores a 24oC, caracterizando um clima quente ou megatérmico (SOUZA, 2000). Os recursos hídricos superficiais e subterrâneos dependem dos fatores geológicos, geomorfológicos e climáticos.
O regime hidrológico do estado do Ceará é caracterizado pela marcante intermitência dos seus cursos d’água, que normalmente escoam nos períodos chuvosos e secam nos períodos de estiagem. No domínio das rochas cristalinas as águas subterrâneas acumulam-se em fraturas das rochas, constituindo aquíferos de baixa produtividade, em que a qualidade hídrica muitas vezes é comprometida pela elevada concentração de sais. Já nas áreas sedimentares, destaca-se a maior potencialidade de recursos hídricos subterrâneos, representados pelas formações aquíferas das bacias sedimentares do Araripe, Parnaíba e Apodi, além de pequenas bacias sedimentares interiores (bacias de Iguatu, Malhada Vermelha, Lima Campos e Lavras da Mangabeira) e os sedimentos das formações cenozoicas representados por depósitos aluvionares, depósitos litorâneos, dunas, Grupo Barreiras e coberturas detríticas.