IBGE lança Manual de Geociências sobre Base Cartográfica do Brasil 1:250.000

O IBGE lançou o Manual Técnico de Geociências utilizado na construção da Base Cartográfica Contínua na escala de 1:250.000, que pode ser acessado em ftp://geoftp.ibge.gov.br/documentos/cartografia/Manual_Procedimento_Tecnico.pdf.

Este Manual tem por objetivo estabelecer e padronizar as normas e os procedimentos para a fiscalização, controle de qualidade, validação e homologação das Bases Cartográficas Digitais Contínuas do Brasil na escala de 1:250.000 elaboradas por contratação de empresas especializadas na prestação de serviços de mapeamento e atualização cartográfica.

A Base Cartográfica Contínua (BC250) é um mosaico digital do Brasil em escala 1:250.000 (em que 1 cm no mapa significa 2,5 km no terreno), disponível em formato shape no link ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas/base_vetorial_continua_250mil para 89% do território nacional, com previsão para conclusão no primeiro semestre do próximo ano. Essa base constitui referência cartográfica para as ações de planejamento, monitoramento e atualização das informações dos recursos naturais do país.

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Áreas Prioritárias para Conservação, Download

O Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira – PROBIO/MMA realizou ampla consulta para a definição de áreas prioritárias para conservação, uso sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade na Amazônia, Caatinga, Cerrado e Pantanal, Mata Atlântica e Campos Sulinos, e na Zona Costeira e Marinha. Desta forma, foi possível não só identificar as áreas prioritárias, como também avaliar os condicionantes socioeconômicos e as tendências de ocupação humana do território brasileiro, elencar principais ações para gestão dos nossos recursos biológicos.

O livro Áreas Prioritárias para Conservação, Uso Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira  é composto pelas seguintes partes: Introdução ao Processo de Avaliação; Bioma Amazônia; Bioma Pantanal; Bioma Cerrado; Bioma Caatinga; Bioma Mata Atlântica; Bioma Pampa; Zona Costeira e Marinha; Resultados e Anexos e está disponível em http://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arquivos/biodiversidade31.pdf

Para download dos arquivos shapefile com as Áreas Prioritárias para Conservação, seguem os links abaixo:

Bioma Amazônia (Novas Áreas e Áreas Protegidas– formato shapefile);

Bioma Caatinga (Novas Áreas e Áreas Protegidas– formato shapefile);

Bioma Cerrado (Novas Áreas e Áreas Protegidas– formato shapefile);

Bioma Mata Atlântica (Novas Áreas e Áreas Protegidas – formato shapefile);

Bioma Pampa (Novas Áreas e Áreas Protegidas– formato shapefile);

Bioma Pantanal (Novas Áreas e Áreas Protegidas– formato shapefile);

Bioma Zona Marítima Costeira (Novas Áreas e Áreas Protegidas– formato shapefile).

Áreas Importantes para a Conservação da Biodiversidade na Bacia do Rio São Francisco (formato shapefile ou pdf);

Link: http://www.ibama.gov.br/zoneamento-ambiental/basedado/areas_prioritarias_arquivos/

Dados Climatológicos para Download, INMET

O Instituto Nacional de Meteorologia disponibiliza para consulta e download uma série de dados de variáveis climatológicas (mapas e gráficos), entre elas nebulosidade, insolação, precipitação e temperatura, entre outros. A seguir serão disponibilizados links diretos para alguns dados disponíveis e a relação para os demais dados que podem ser encontrados e adquiridos no site do INMET.

Normais Climatológicas
As “Normais Climatológicas” são obtidas através do cálculo das médias de parâmetros meteorológicos, obedecendo a critérios recomendados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). Essas médias referem-se a períodos padronizados de 30 (trinta) anos, sucessivamente, de 1901 a 1930, 1931 a 1960 e 1961 a 1990. (Fonte: INMET)

Gráficos Climatológicos
São gráficos gerados com os valores mensais disponíveis nas duas séries de normais climatológicas de referência, 1931-1960 e 1961-1990, mantidas pelo INMET para 27 estações representativas das capitais brasileiras, segundo atributos selecionados pelo usuário. É possível solicitar até 4 curvas por gráfico, selecionando-se combinações de parâmetros meteorológicos, períodos de referência e estações. Assim, o produto do número de parâmetros, pelo número de estações e pelo número de períodos de climatologia selecionados não pode ultrapassar o valor 4. (Fonte: INMET)

Mapas de Condições Registradas
São mapas do Brasil contendo o registro dos parâmetros meteorológicos diários registrados nos horários de 0, 12 e 18 horas UTC (Coordenada de Tempo Universal, com referência no Meridiano de Greenwich, Inglaterra), que correspondem a 3 horas a mais em relação ao horário de Brasília (2 horas durante o período do Horário de Versão). Há mapas disponíveis a partir do dia 06 de Agosto de 2003. (Fonte: INMET)

Há ainda outras informações sobre climatologia, são elas: Distribuições de Probabilidade, Faixa Normal da Precipitação Trimestral
As informações de Monitoramento Climático disponíveis são: Quantis, Desvio de Chuva (Mensal), Desvio de Chuva (Trimestral), SPI (Índice Padronizado).

No tópico de previsão climática são encontrados: Prognóstico Climático Trimestral, Boletim Climático para o Rio Grande do Sul, Foro Climático do Mercosul, IRI (Previsões climáticas produzidas e divulgadas pelo International Research Insitute on Climate and Society)

Todo material descrito neste tópico está disponível no link: http://www.inmet.gov.br/html/clima.php#

Ottobacias, Shapefiles para download

A biblioteca virtual no site da ANA (Agência Nacional de Águas) disponibiliza em formato shapefile as delimitações das Bacias Hidrográficas segundo os seis níveis de classificação de Otto Pfafstetter. Para adquirir o material é necessário fazer um pequeno cadastro. Os arquivos disponíveis são:

Rede Hidrográfica Codificada
O arquivo corresponde à representação gráfica da rede hidrográfica presente no mapeamento sistemático brasileiro ao milionésimo, sob a forma de trechos de curso d´água, codificados pela metodologia de Otto Pfasftetter e topônimos provenientes daquele mapeamento.

Ottobacias
Os códigos são aplicados às quatro maiores bacias hidrográficas identificadas que drenam diretamente para o mar, sendo-lhes atribuídos os algarismos pares 2, 4, 6, e 8, seguindo uma ordem no sentido horário em torno do continente. À maior bacia fechada é atribuído o código 0 (zero). As demais áreas do continente são as regiões hidrográficas restantes, as quais são atribuídas os algarismos ímpares 1, 3, 5, 7, e 9, de tal forma que a interbacia 3 encontra-se entre as bacias 2 e 4, a interbacia 5 encontra-se entre as bacias 4 e 6, e assim sucessivamente. Todas estas áreas podem ser subdivididas até a discretização do último trecho da rede de drenagem, gerando ottobacias de nível “n”.

Divisão Hidrográfica Nacional
A Divisão Hidrográfica Nacional foi instituída pela Resolução n° 32 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), considerando a importância de se estabelecer uma base organizacional que contemple bacias hidrográficas como unidade do gerenciamento de recursos hídricos para a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH). A Divisão Hidrográfica Nacional é subdividida em níveis e é composta por Regiões Hidrográficas, que compreendem bacias, grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas contíguas com características naturais, sociais ou econômicas homogêneas.

No nível 1 é composto por 12 grandes Regiões Hidrográficas do Brasil, a saber:

  • Região Hidrográfica Amazônica – é constituída pela bacia hidrográfica do rio Amazonas situada no território nacional e, também, pelas bacias hidrográficas dos rios existentes na Ilha de Marajó, além das bacias hidrográficas dos rios situados no Estado do Amapá que deságuam no Atlântico Norte;
  • Região Hidrográfica do Tocantins/Araguaia – é constituída pela bacia hidrográfica do rio Tocantins até a sua foz no Oceano Atlântico;
  • Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental – é constituída pelas bacias hidrográficas dos rios que deságuam no Atlântico – trecho Nordeste, estando limitada a oeste pela região hidrográfica do Tocantins/Araguaia, exclusive, e a leste pela região hidrográfica do Parnaíba;
  • Região Hidrográfica do Parnaíba – é constituída pela bacia hidrográfica do rio Parnaíba;
  • Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental – é constituída pelas bacias hidrográficas dos rios que deságuam no Atlântico – trecho Nordeste, estando limitada a oeste pela região hidrográfica do Parnaíba e ao sul pela região hidrográfica do São Francisco;
  • Região Hidrográfica Atlântico Leste – é constituída pelas bacias hidrográficas de rios que deságuam no Atlântico – trecho Leste, estando limitada ao norte e a oeste pela região hidrográfica do São Francisco e ao sul pelas bacias hidrográficas dos rios Jequitinhonha, Mucuri e São Mateus, inclusive;
  • Região Hidrográfica do São Francisco – é constituída pela bacia hidrográfica do rio São Francisco;
  • Região Hidrográfica Atlântico Sudeste – é constituída pelas bacias hidrográficas de rios que deságuam no Atlântico – trecho Sudeste, estando limitada ao norte pela bacia hidrográfica do rio Doce, inclusive, a oeste pelas regiões hidrográficas do São Francisco e do Paraná e ao sul pela bacia hidrográfica do rio Ribeira, inclusive;
  • Região Hidrográfica do Paraná – é constituída pela bacia hidrográfica do rio Paraná situada no território nacional;
  • Região Hidrográfica do Uruguai – é constituída pela bacia hidrográfica do rio Uruguai situada no território nacional, estando limitada ao norte pela região hidrográfica do Paraná, a oeste pela Argentina e ao sul pelo Uruguai;
  • Região Hidrográfica Atlântico Sul – é constituída pelas bacias hidrográficas dos rios que deságuam no Atlântico – trecho Sul, estando limitada ao norte pelas bacias hidrográficas dos rios Ipiranguinha, Iririaia-Mirim, Candapuí, Serra Negra, Tabagaça e Cachoeria, inclusive, a oeste pelas regiões hidrográficas do Paraná e do Uruguai e ao sul pelo Uruguai;
  • Região Hidrográfica do Paraguai – é constituída pela bacia hidrográfica do rio Paraguai situada no território nacional.

Parâmetros Cartográficos:  

  • Representação Cartográfica em Sistema de Coordenadas Geográficas;
  • Projeção Cartográfica utilizada para cálculo das áreas de contribuição: Projeção Equivalente de Albers;
  • Fonte da Base Cartográfica: Cartografia Sistemática ao Milionésimo
  • Escala Compatível – 1:1.000.000;
  • Sistema de Referência – SAD69;

Definições:  

  • trecho de curso d´água: segmento entre uma foz e sua confluência, ou segmento entre confluências, ou segmento entre uma confluência e uma nascente;
  • curso d´água: junção de trechos de curso d´água que segue da foz à cabeceira utilizando como critério a maior área a montante a partir de cada confluência;

DOWNLOAD (Shapefile via Google drive)

Reprojetar Dados (WSG-84, SIRGAS, SAD-69…) com projeções customizadas.

Datum é um problema para muita gente, em especial para aqueles que estão començando. Então, primeiro vamos entender rapidamente alguns conceitos antes de dar partida no GIS.

Datum:

Refere-se ao Sistema de Referência no qual os dados estão baseados a partir de onde são calculadas as altitudes e coordenadas geográficas. Os sistemas de referência são utilizados para descrever as posições de objetos, que por sua vez estão associados a uma superfície (elipsóide de referência) que mais se aproxima da forma da terra, e sobre a qual são desenvolvimentos todos os cálculos das suas coordenadas.

Elipsóide de Referência:

O Elipsóide de Referência é um modelo matemático que representa o Geóide.

É uma figura geométrica tridimensional, de representação matemática simples, formada pela revolução de uma elipse em torno do eixo menor. O elipsóide é usado como base para os cálculos da rede geodésica e definição das coordenadas de pontos tais como latitude, longitude e elevação. Quando um elipsóide de referência é fixado num determinado ponto do geóide define-se um datum geodésico. Esse ponto, designado ponto de fixação, é o ponto de uma rede geodésica que estabelece as relações entre o geóide e o elipsóide de referência, e entre as coordenadas astronômicas e as coordenadas geodésicas. Nos data locais o ponto de fixação é escolhido de forma a minimizar as distâncias entre o geóide e o elipsóide de referência. O elipsóide de Hayford e o WGS84 (World Geodetic System 1984) são as superfícies de referência geodésicas atualmente mais utilizadas nos data geodésicos globais.

Geóide:

O Geóide é a forma aproximada da Terra, trata-se de um modelo físico da forma da terra. O geóide é uma superfície equipotencial e que, em média, coincide com o valor médio do nível médio das águas do mar. A superfície do geóide é mais irregular do que o elipsóide de revolução usado habitualmente para aproximar a forma do planeta, mas consideravelmente mais suave do que a própria superfície física terrestre. A superfície física terrestre varia entre os + 8,850m (Monte Everest) e − 11,000m (Fossa das Marianas), o geóide varia apenas cerca de ±100 m além da superfície do elipsóide de referência. Vale ressaltar que um receptor de GPS pode mostrar as variações de altitude de um elipsóide (cujo centro coincide com o centro de massa terrestre), mas não a altitude ortométrica, relativa ao geóide.

Agora que algumas coisas básicas já foram pontuadas, vamos ao problema do Datum.

Se eu recebo um dado em wgs-84 e estou trabalhando em sad-69, preciso reprojetá-lo? A resposta correta é não, visto que o ArcGis em suas versões mais recentes reprojeta no dataview, mas não reprojeta o dado. Por isso, eu prefiro uma resposta mais prudente. Você não precisa reprojetar se usa o ArcGis ou outro software que faça essa adequação, mas meu conselho é que faça a reprojeção para evitar quaisquer problemas no futuro, em exportações de arquivos por exemplo.

Então, se você é prudente e quer reprojetar, como deve fazer? Que equação escolher?

A resposta está no link da ESRI, que traz uma enorme tabela com as especificações de cada uma das “transformações” disponíveis.

http://downloads.esri.com/support/techArticles/PE9xtrans.zip

Se você pretende mudar de SAD-69 para SIRGAS 2000 ou vice versa, recorra ao documento do IBGE disponível no link:

ftp://geoftp.ibge.gov.br/documentos/geodesia/pmrg/legislacao/RPR_01_25fev2005.pdf

Este documento traz os parâmetros de transformação necessários para a reprojeção, a partir dele crie uma projeção customizada (este método também pode ser utilizado para transformações sad-69 para wgs-84 e vice-versa, caso não queira utilizar a transformação disponível).

Vá ao ArctoolBox >>Data Management Tools>>Projections and Transformations>>Create a Custom Greographic Transformation.

1) Em “Geographic Transformation Name” digite o nome da transformação. Sugiro que insira os nomes das projeções que sarão transformadas, para facilitar a busca quando necessário.

2)Clique para selecionar o sistema de coordenadas de entrada que queremos converter.

3) Clique em para selecionar o sistema de coordenadas de saída na qual queremos transformar.

4) Selecione o método de transformação.

5) Em parâmetros, insira os dados disponíveis no documento do IBGE. Observando sempre a ordem do INPUT e do OUTPUT para que os sinais de “+” e “-” acompanhem adequadamente.

6) Clique em OK e está concluído

Breve relação de parâmetros para transformação:

  SAD69     WGS84 CÓRREGO   SIRGAS
Translação X -66,87 m +138,70 m -67,348 m
Translação Y +4,37 m -164,40 m +3,879 m
Translação Z -38,52 m -34,40 m -38,223 m
  SIRGAS     WGS84 CÓRREGO   SAD69
Translação X +0,478 m +206,048 m +67,348 m
Translação Y +0,491 m -168,279 m -3,879 m
Translação Z -0,297 m +3,823 m +38,223 m
CÓRREGO   WGS84   SIRGAS   SAD69
Translação X -205,57 m -206,048 m -138,70 m
Translação Y +168,77 m +168,279 m +164,40 m
Translação Z -4,12 m -3,823 m +34,40 m
  WGS84     SIRGAS CÓRREGO   SAD69
Translação X -0,478 m +205,57 m +66,87 m
Translação Y -0,491 m -168,77 m -4,37 m
Translação Z +0,297 m -72,623 m +38,52 m