“Para estabelecer as unidades básicas de planejamento e intervenção da gestão ambiental, o território do Estado do Rio de Janeiro foi dividido em 7 (sete) Macrorregiões Ambientais, designadas pela sigla MRA (…)
Oficializadas pelo Decreto Estadual n° 26.058 de 14 de março de 2000, cada Macrorregião Ambiental abrange uma parte terrestre e outra marinha. A superfície terrestre de cada Macrorregião Ambiental compreende uma ou mais bacias hidrográficas. A porção marinha engloba a zona costeira, incluindo baías, enseadas, praias, ilhas, costões rochosos, mangues e uma faixa de mar aberto, cuja largura será definida de acordo com critérios estabelecidos no Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro. A decisão de dividir o Estado levou em conta critérios técnicos-ambientais, administrativos e políticos. Em primeiro lugar, é consenso mundial que a bacia hidrográfica é a unidade territorial para se promover à gestão do meio ambiente, pois, entre outros aspectos, suas fronteiras (divisores de água) são naturais e na
maioria das vezes percebidas com facilidade.
Sobre o assunto, assim se expressa Eugene P. Odum, um dos cientistas mais conceituados em ecologia teórica e aplicada: “A bacia hidrográfica (…) deve ser considerada a unidade mínima de ecossistema, quando se trata de interesses humanos. O conceito de bacia hidrográfica ajuda a colocar em perspectiva muitos dos nossos problemas e conflitos. Por exemplo, as causas e as soluções da poluição da água não serão encontrados olhando-se apenas para dentro da água; geralmente, é o gerenciamento incorreto da bacia hidrográfica que destrói nossos recursos aquáticos” (ODUM, E.P. Ecologia. Ed. Interamericana, 1985).
Fonte:
SEMADS – Bacias Hidrográficas e Rios Fluminenses Síntese Informativa por Macrorregião Ambiental – Rio de Janeiro: SEMADS 2001 – 73p.: il. ISBN 85-87206-10-9
Capítulos:
1-Introdução
2 -Bacias Hidrográficas da MRA-1
2.1- Bacia Hidrográfica da Baía de Guanabara
2.2- Microbacias Insulares da Baía de Guanabara
2.3- Bacia Hidrográfica da Baixada de Jacarepaguá
2.4- Bacia Hidrográfica da Lagoa Rodrigo de Freitas
2.5- Microbacia Hidrográfica Oceânica da Urca, Leme e Copacabana
2.6- Bacia Hidrográfica das Lagoas de Piratininga e Itaipu
2.7- Bacia Hidrográfica do Sistema Lagunar de Maricá
3- Bacias Hidrográficas da MRA-2
3.1- Bacia Hidrográfica da Baía de Sepetiba
3.2 -Microbacias da Restinga de Marambaia
3.3 -Microbacias Insulares da Baía de Sepetiba
4- Bacias Hidrográficas da MRA-3
4.1- Bacia Hidrográfica da Baía de Ilha Grande
4.2- Microbacias Hidrográficas Insulares da Baía de Ilha Grande
5- Bacias Hidrográficas da MRA-4
5.1- Bacia Hidrográfica do Rio São João
5.2- Bacia Hidrográfica do Rio das Ostras
5.3- Bacia Hidrográfica do Rio Una
5.4- Bacia Hidrográfica da Lagoa de Araruama
5.5- Bacia Hidrográfica da Lagoa de Saquarema
5.6- Bacia Hidrográfica da Lagoa de Jaconé
5.7- Microbacias das Pequenas e Médias Lagoas da Restinga de
Massambaba
5.8- Microbacias das Pequenas Lagoas Litorâneas entre Arraial do Cabo
a Rio das Ostras
6- Bacias Hidrográficas da MRA-5
6.1- Bacia Hidrográfica da Lagoa de Imboassica
6.2- Bacia Hidrográfica do Rio Macaé
6.3- Bacia Hidrográfica da Lagoa Feia
6.3.1- Lagoa Feia
6.3.2- Rio Macabu
6.3.3- Rio Ururaí – Lagoa de Cima
6.4- Canal Macaé – Campos
6.5- Microbacias das Pequenas e Médias Lagoas da MRA-5
7- Bacias Hidrográficas da MRA-6
7.1- Rio Paraíba do Sul e Afluentes
7.2- Lagoas e Lagunas da MRA-6
8- Bacias Hidrográficas da MRA-7
8.1- Rio Itabapoana e Afluentes
8.2- Lagoas e Lagunas da MRA-7
9- Bibliografia
Anexos
I Relação dos Rios de Domínio Federal
II Relação das Barragens e Usinas Hidrelétricas no Estado do Rio de Janeiro 69
Projeto Planágua
“O objetivo geral do Zoneamento Agroecológico do estado compreende o fornecimento de subsídios técnicos para a execução de políticas públicas para fixar o homem ao campo, de forma econômica e ecologicamente viável, buscando o desenvolvimento sustentável do território fluminense. Apesar da pequena extensão territorial, compreendendo 43.797,5 km2, o estado do Rio de Janeiro apresenta uma grande diversidade ambiental, tanto em termos do meio físico e biótico, quanto sob os aspectos socioeconômicos. A grande variedade de solos que ocorre no estado, é um reflexo dessa diversidade, em especial quanto ao material de origem, relevo, vegetação e clima. Os principais indicadores considerados na elaboração do Zoneamento Agroecológico foram a vulnerabilidade das terras, o potencial de produção agrícola sustentável e a legislação ambiental vigente. As áreas de Proteção Ambiental são constituídas por: Unidades de Conservação da Natureza, remanescentes da Mata Atlântica, dunas, mangues, escarpas e afloramentos de rocha; as áreas indicadas para Atividades Agrícolas compreendem aquelas de produção agrícola intensiva, produção agrícola semi-intensiva, lavouras especiais (perenes, anuais e hortaliças), pastagens e reflorestamento; e as áreas indicadas para Recuperação Ambiental, constituem as terras desmatadas de elevada vulnerabilidade e/ou inaptas para atividades agrícolas, planícies fluviolagunares e áreas de mineração. O estado apresenta cerca de 35% da sua superfície localizada em áreas consideradas de Proteção Ambiental, 10% são indicadas para Recuperação Ambiental e 51% são adequadas para Atividades Agrícolas. Os terrenos mecanizáveis adequados para atividades agrícolas representam cerca de 21% da superfície No entanto, as condições climáticas em geral são restritivas à produção agrícola, principalmente devido ao longo período de estiagem, de cerca de 4 a 6 meses, muitas vezes com ocorrência de veranicos no período das chuvas. Em vista disso, somente 4% da superfície do estado são de terras mecanizáveis ocorrendo em condições climáticas mais favoráveis para atividades agrícolas. Estas questões demonstram o quanto é importante a adoção da irrigação para a garantia da produção, tendo em vista que estes locais, embora com limitações variadas, em geral são adequados para irrigação, a depender da disponibilidade de água em volume e qualidade adequadas. As terras indicadas para lavouras perenes (unidade LP1), pastagens (unidade PA1) e reflorestamento (unidade RN), compreendendo cerca de 30% da superfície estadual. Ocorrem em relevo declivoso e estão sujeitas a acentuados processos erosivos, verificando-se elevados níveis de degradação em muitos locais, em especial no Norte-Noroeste Fluminense e Médio Vale do rio Paraíba do Sul. Tendo em vista a conjugação entre os parâmetros de solo, clima e as características ecológicas dos cultivos, foram indicadas para as áreas de Atividades Agrícolas: 102 culturas anuais e perenes, tanto em sequeiro como sob irrigação, referindo-se o método mais adequado, 90 espécies florestais e 37 gramíneas ou leguminosas forrageiras.”

