Atlas do trabalho escravo no Brasil

“Idealizado pela organização Amigos da Terra – Amazônia Brasileira e lançado este ano, o Atlas do Trabalho Escravo no Brasil traz dados sobre os casos registrados de trabalho forçado no país e duas novas ferramentas para auxiliar autoridades na formulação de políticas públicas: os índices de probabilidade de trabalho escravo e de vulnerabilidade ao aliciamento.” (Mundo Geo)

Resumo Executivo:

O Atlas do Trabalho Escravo no Brasil caracteriza pela primeira vez a distribuição, os fl uxos, as modalidades e os usos do trabalho escravo no país, nas escalas municipal, estadual e regional, utilizando fontes ofi ciais e consolidadas.  Também aponta as associações mais frequentes do fenômeno, como aquela com o desmatamento. Além do diagnóstico inédito, o Atlas oferece dois produtos novos para a sociedade brasileira: o Índice de  Probabilidade de Trabalho Escravo e o Índice de Vulnerabilidade ao Aliciamento. No primeiro caso, trata-se de uma ferramenta inovadora e essencial para gestores de políticas públicas, que  pode contribuir expressivamente para o planejamento governamental da sustentabilidade socioambiental. É uma  ferramenta de avaliação de risco: um risco baixo não deve levar a subestimar o problema, mantendo as políticas  de due diligence convencionais. Já um risco alto deve levar a cautelas especiais.

No segundo caso, o da vulnerabilidade, trata-se de uma ferramenta a ser aplicada principalmente  por gestores de políticas públicas e sociais. Ela aponta para ação urgente do Poder Público visando a prevenção do trabalho escravo em determinadas regiões, assim como a proteção de grupos sociais  altamente expostos ao fenômeno. O mapa do Índice de Vulnerabilidade ao Aliciamento aponta para as  regiões de origem do escravo e é, portanto, complementar ao do Índice de Probabilidade de Trabalho Escravo, que põe em foco áreas de ocorrência do problema.

O Atlas também oferece um perfil típico do escravo brasileiro do século XXI: é um migrante maranhense, do Norte de Tocantins ou oeste do Piauí, de sexo masculino, analfabeto funcional, que foi levado para as fronteiras móveis da Amazônia, em municípios de criação recente, onde é utilizado principalmente em atividades vinculadas ao desmatamento. É importante observar que existem fluxos, manchas e modalidades expressivas – e igualmente graves – de trabalho escravo em outras regiões – principalmente no Centro-Oeste e Nordeste – e em outros setores, mas o perfil acima referido é decididamente majoritário. Há, pelo menos, vinte municípios com alto grau de probabilidade de trabalho escravo localizados nas regiões de fronteira na Amazônia brasileira. Nestas áreas, coincidem a queima de madeira para a fabricação do carvão vegetal, as altas taxas de desmatamento, o trabalho pesado de destoca para formação de pastagem e atividades pecuárias nas glebas rurais ocupadas. Na preparação do Atlas foram analisadas as dinâmicas marcadas pelos movimentos das atividades econômicas e da população aliciada e foram usados dados sobre o fenômeno oriundos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)

(Théry, Hervé. Atlas do Trabalho Escravo no Brasil / Hervé h éry, Neli Aparecida de Mello, Julio Hato, Eduardo  Paulon Girardi. São Paulo: Amigos da Terra, 2009. 80 p)

A soja e o Trabalho Escravo

Atlas do Trabalho Escravo no Brasil encontra-se dividido em duas grandes partes, são elas:

Primeira Parte: Avaliando o processo

1. Expressão territorial do trabalho escravo
2. De onde saem e para onde vão os trabalhadores escravizados?
3. A expressão temporal do trabalho escravo
4. As condições educacionais e sociais dos trabalhadores
5. Trabalho escravo e atividades econômicas
5.1 Atividade agropastoril e trabalho escravo
5.2 Pecuária bovina e o trabalho escravo
5.3 Cana-de-açúcar e trabalho escravo
5.4 Carvão e trabalho escravo
5.5 Madeira e trabalho escravo
5.6 Soja e trabalho escravo
5.7 Desmatamento e trabalho escravo
6. Terras protegidas e trabalho escravo
7. Trabalho escravo e violência

Segunda Parte – Relacionando os fatores

1. Análise dos fatores infl uenciadores do trabalho escravo
2. Índices sintéticos: probabilidade de escravidão e vulnerabilidade ao aliciamento
3. Correlações

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Revista Brasileira de Geografia (Download)

Nos anos de 1939 e 1940, o IBGE iniciou, respectivamente, a edição da Revista Brasileira de Geografia e da Revista Brasileira de Estatística. Através da contribuição dos técnicos do IBGE e de outras instituições nacionais e internacionais, são divulgados nestas revistas artigos e comunicações sobre o conhecimento geocientífico; econômico e social, além de estudos metodológicos.

Com o objetivo de permitir a busca e a recuperação destes estudos, a Gerência de Biblioteca e Acervos Especiais – GEBIS coloca à disposição dos usuários os sumários da Revista Brasileira de Geografia 

Fonte: IBGE

LINK: http://biblioteca.ibge.gov.br/d_detalhes.php?id=7115

Infelizmente, por enquanto, ainda não há um sumário das edições disponíveis para download… =/

Indicadores de Desenvolvimento Sustentável – Brasil

“A construção de indicadores de desenvolvimento sustentável no Brasil integra-se ao conjunto de esforços internacionais para concretização das ideias e princípios formulados na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, no que diz respeito à relação entre meio ambiente, desenvolvimento e informações para a tomada de decisões.

Com a publicação Indicadores de desenvolvimento sustentável: Brasil 2010, o IBGE dá continuidade à série iniciada em 2002, reafirmando, mais uma vez, seu compromisso de disponibilizar à sociedade um conjunto de informações sobre a realidade brasileira, em suas dimensões ambiental, social, econômica e institucional.

Na atual edição, são apresentados 55 indicadores que, em sua maior parte, correspondem àqueles constantes na edição de 2008 – todos revistos e atualizados – e originam-se de estudos e levantamentos do IBGE e de outras instituições. Fornecem, em sua dimensão ambiental, informações relacionadas ao uso dos recursos naturais e à degradação ambiental, organizadas nos temas atmosfera, terra, água doce, mares e áreas costeiras, biodiversidade e saneamento. Em sua dimensão social, os indicadores vinculam-se à satisfação das necessidades humanas, melhoria da qualidade de vida e justiça social, abrangendo os temas população, trabalho e rendimento, saúde, educação, habitação e segurança. A dimensão econômica dos indicadores busca retratar o desempenho macroeconômico e financeiro e os impactos no consumo de recursos materiais e uso de energia mediante a abordagem dos temas quadro econômico e padrões de produção e consumo. Por sua vez, a dimensão institucional, desdobrada nos temas quadro institucional e capacidade institucional, oferece informações sobre a orientação política, a capacidade e os esforços realizados com vistas às mudanças necessárias para a implementação do desenvolvimento sustentável.

Os indicadores são apresentados sob a forma de tabelas, gráficos e mapas, precedidos de uma ficha contendo a descrição das variáveis utilizadas em sua construção, a justificativa e, em casos específicos, comentários metodológicos, incluindo, ao final da publicação, um glossário com a conceituação da terminologia utilizada. Contemplam série histórica e abrangem, sempre que possível, informações para o País e Unidades da Federação, permitindo o acompanhamento dos fenômenos ao longo do tempo e o exame de sua ocorrência no território.”

Fonte: IBGE

DOWNLOADS

Indicadores de Desenvolvimento Sustentável – Brasil – 2002

Indicadores de Desenvolvimento Sustentável – Brasil – 2004

Indicadores de Desenvolvimento Sustentável – Brasil – 2008

Indicadores de Desenvolvimento Sustentável – Brasil – 2010

Indicadores de Desenvolvimento Sustentável – Brasil – 2012 (ATUALIZAÇÃO)

IBGE lança nova ferramenta de visualização da INDE

O IBGE apresentou nesta segunda-feira, 04 de junho, a nova ferramenta de visualização da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE). A ferramenta disponibiliza uma enorme quantidade de dados distribuídos por temas e instituições. A seguir está uma imagem da tela com a vegetação da Amazônia Legal em escala 1:250.000.

Este e outros produtos fazem parte de um grande projeto e a INDE passará a integrar as informações geoespaciais do país na internet e facilitará a tomada de decisões sobre planejamento e gestão de recursos, bem como a elaboração de políticas públicas e privadas.

A ferramenta pode ser acessada no endereço a seguir:

http://temp.visualizador.inde.ibge.gov.br/ 

Mapa de Solos do Brasil 2011 – Embrapa

A Embrapa Solos disponibiliza para download o Mapa de Solos do Brasil 2011, que já traz as novas classes de mapeamento.

No arquivo zipado, estão disponíveis além do shapefile, um documento com as classes e siglas, o Mapa Publicado em PDF e JPG e uma versão interativa no formato PMF, que pode ser acessada através do programa ArcReader 10, que também está disponível no pacote. Tal software, apesar de ser da família ESRI, possibilita aos usuários a visualizar a informação de forma dinâmica e interativa através de uma versão limitada, porém  gratuita.

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